segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Gestores e Violadores: 5 pontos em comum


Frank Van Den Bleeken, na prisão há mais de 30 anos por crimes de violação, pediu para ser submetido a eutanásia, o que vai acontecer no próximo dia 11, na Bélgica. Odeio observar que os violadores têm mais consciência do que os gestores. Aliás, costumo ficar mais indignado com gestores do que com violadores. O que não significa que os violadores fazem coisas boas. Significa, isso sim, que fazem coisas menos más do que os gestores.

Por exemplo:

- Que mal é que o violador de Telheiras provocou a todos os portugueses quando comparado com Oliveira e Costa e o desfalque do BPN?
- Que mal é que o violador de Ovar fez aos contribuintes do nosso país quando comparado com a austeridade de Pedro Passos Coelho?
- Que mal é que o meu tio Alberto me fez quando comparado com a gestão de Zeinal Bava na PT?

Vejamos alguns dados interessantes acerca das duas profissões:

1 - Qual é a formação destas pessoas?

O violador é claramente autodidacta.
O gestor tira o curso na Católica, no ISCTE e na FEP. Mas a sua filha da putice é intrínseca.

2 - O que procuram? 

Apesar de serem ambos narcisistas, o que os move é o desejo de possuir.
O violador pretende possuir outros sexualmente.
O gestor pretende possuir o máximo de lucro e, para isso, acaba por possuir pessoas. Se contarmos com as secretárias, também possui sexualmente.

3 - Qual o seu modus operandi?

O violador procura pessoas frágeis física e psicologicamente. De preferência, escolhe pessoas solitárias e ataca-as desprevenidas em parques públicos, becos escuros ou em suas casas.
O gestor procura pessoas débeis economicamente. Abre uma empresa, promete segurança aos funcionários e ataca-os nos seus salários.

4 - Quantas vítimas sofrem às suas mãos?

Normalmente, as vítimas do violador oscilam entre as 2 e as 7.
Já as do gestor, assim que o lucro decresce 1% em relação ao ano anterior, fecha a empresa e muda-a para a China, deixando entre 50 a 1000 pessoas no desemprego. Como normalmente recorre a jigajogas contabilísticas, leia-se cambalachos, abre um buraco na empresa e, aqui, procura o jackpot: que o Governo descubra e que injecte capital, pago por todos os contribuintes.
Como vemos, o número de vítimas é muito maior para o gestor do que para o violador, sobretudo, porque provoca efeitos secundários:
- As vítimas do violador tendem a perder auto-estima e a entrar em depressão, o que as leva a ter dificuldades em interagir socialmente. Ora, isto é bom, na medida em que não constituirão família, não arrastando outros para a sua espiral negativa.
- As vítimas do gestor só são apanhadas na sua malha a meio do jogo, isto é, quando têm já família constituída. Assim, quando o gestor ataca, perdem o emprego, segue-se a auto-estima, vontade de fazer amor com a mulher, desfaz-se o casamento, tira-se a filha das aulas de piano, cozinha-se o cão porque não há dinheiro para comida, a filha ganha o vício da heroína e paga-o com favores sexuais no parque de estacionamento do Jumbo, o homem veste uma gabardine e vai mostrar as partes baixas para a porta do liceu, a ex-mulher casa com o cunhado... Eu sei! Estiquei-me. A auto-estima não se perde assim tão rápido. 

5. Quais as consequências que sofrem?

O violador incorre em pena de prisão, umas vezes é ele próprio violado, outras é morto e, no caso belga, pede para morrer.
O gestor fica em prisão domiciliária, sem perda de bens, até ser reconduzido para um cargo semelhante ao anterior e voltar a fazer tudo de novo.

Que dizem? Os violadores, quando comparados com gestores, não parecem assim tão más pessoas, pois não? Podiam até ser usados correctamente na nossa sociedade. Bastava para isso que a panca deles fosse CEO's.

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