sábado, 22 de agosto de 2015

Pasquim #4

"Quem compra o Expresso, podia ao invés comprar cápsulas para a Nespresso", lá dizem os Clooneys de Nelas.
No entanto, se quiserem informação jornalística fidedigna e comprovada pelas mais autistas fontes do meu amigo imaginário, é só ler o PASQUIM D'O JAVALI.
Hoje, com:

HUMANIDADE: UM CORNO NO ESFÍNCTER
Esta semana, houve um senhor que foi colhido duas vezes por um toiro, numas festas bué de giras em Espanha, muito do agrado de um tal de Franco.
Ora, ao que parece, este senhor já veio a público dizer que aprendeu a lição. O que é bom! Se, para apanharmos aquele comboio para fora de práticas medievais, for necessário um chifre na manteigueira, eu sou todo a favor das touradas.
Se todos os que gostam de tocar, amassar e puxar o rabo do toiro puderem retribuir com um corno enfiado no queque, 'bora lá! Aficionados, "olho por olho", mas agora em metafórico.
Peço desculpa, esta parte é só para os fãs toureadores: metáfora é quando uma pessoa utiliza palavras que querem dizer outras. Mais básico do que isto, não consigo. Espera lá: é mais ou menos quando um grupo de homens leva lanças e facas para enfrentar um animal, que não sabe que está a ali para ser violentado, e chamam a isto desporto, quando toda a gente (a parte boa deste mundo) que é só sadismo. Olha, Sade também curtia bué rabos! Já sabem, agarrem o do toiro e depois façam amor com o corninho do bicho. De preferência, naquela posição em que, tendo o corno posto do rabo, vocês parecem uma hélice de helicóptero.

BELÉM AO QUADRADO
O PS já tem a sua candidata à Presidência da República: Maria de Belém. Segundo o director de campanha do PS, os cartazes estão prontos, e têm frases como: "Nem precisamos de mudar o nome do palácio"; "A cada qual o que é seu: Belém em Belém".
Perante slogans tão fortes, a direcção do PSD já reuniu e retirou o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, que terá que esperar mais 10 anos, uma vez que está a ultimar o apoio a Fafá de Belém.

AS PALAVRAS E O FUTEBOL: UMA GUERRA PERDIDA
E se, de repente, um estranho lhe dissesse que os homens do futebol também têm o dom da palavra? Isso mesmo, os 4 cavaleiros do Apocalipse estariam aí à porta. Desenganem-se aqueles que pensam que isso terá acontecido. O presidente sportinguista Bruno de Carvalho, formado na Juve Leo, e o director de comunicação do Benfica, João Gabriel, com o 12.º ano concluído por equivalências na Universidade da Vida, entraram em guerra de palavras.
E isto está completamente errado! Porque uma pessoa (ou um javali) gosta, de quando a quando, entrar na tasca da estação de comboios e ver dois bêbedos à porrada, devido a interpretações diferentes quando à aplicação da regra 'bola na mão'. Se o normal de presidentes e directores de comunicação for este, a 'minha' tasca torna-se banal e o divertimento não é o mesmo. Ponham mão nisso, vá lá!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A FNAC e a Bíblia

Isto passou-se numa FNAC perto de mim. Eu, para a funcionária:
- Que edições da Bíblia é que tem?
- Deixe-me ver aqui no computador. Sabe o nome do autor?
- Mmmmm, pergunta difícil. Talvez Deus, mas psicografada por Mateus, Lucas e...
- Isso parece mais sertanejo. É um livro ou um CD que procura?
- Livro! Quer chamar algum colega da livraria?
- Eu sou da livraria! - enfatizou, como se fosse eu a besta neste cenário.
- Diga-me só onde fica a secção de religião.
- Ok, deixe-me só confirmar com um colega.
Fiquei sem Bíblia, mas ganhei um post.

Paredes de Coura - 2002, sempre!

Está a decorrer Paredes de Coura, o festival do meu apreço. Lembro-me de, em 2002, conhecer dois punks que andavam pelo acampamento: um com uma guitarra que tinha apenas duas cordas, e o outro com uma tarola e um prato de choque. Paravam de quando a quando para tocar dois minutos sempre a abrir e continuavam caminho, como se nada se tivesse passado. Não pediam dinheiro, aquilo era a cena deles.
Eles estavam acampados ao meu lado e conversámos longas horas, sem contar com as que não me lembro. E contaram-me esta história, no mínimo, mirabolante. Se é verdade ou não, não sei. Mas se fosse inventada, creio que eles se teriam em melhor conta. Eis o que se passou (vai na primeira pessoa):
"Eh pá, no ano passado fomos assaltados. E connosco dentro da tenda. Como? Olha, estávamos a chegar, já depois dos concertos, todos mamados, diga-se!, e vimos 4 pés à saírem da tenda. Com o vinho, nem percebemos muito bem e, meio no gozo, acho que fui eu que disse:
- Ó meus, estão todos fodidos! Essa tenda não é a vossa!
E um deles respondeu:
- Ena pá, desculpa lá! É que foi mesmo engano.
Verdade seja dita, nunca pensámos que os gajos nos estivessem a assaltar. E o que é certo é que os convidámos a malhar mais uma garrafinha de branco. E assim foi: mais uma história de irmandade em festival. O vinho que nos une. Quando acordámos no dia seguinte, nem sacos-cama restaram. Só deixaram a máquina fotográfica, daquelas descartáveis, e as escovas de dentes. Faltava 1 dia para terminar o festival e ainda curtimos, de dentes lavadinhos. O pior foi quando chegámos a casa. Mandei revelar as fotos - concertos, finos, amigos, amigas... - e a última era dos gajos, com as escovas no cu."
Bom festival, cambada!